O atraso nas negociações entre o países que participam da cop 27, no Egito. A questão surge da falta de compromisso de grandes países como Estados Unidos, Canadá, Rússia, Arábia Saudita e Austrália em reduzir as emissões de carbono. Em fevereiro de 2020, esses países se comprometeram a reduzir suas emissões na linha do tempo, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiu coletar o número exato de emissões de cada país.
A ONU estima que pelo menos US$ 100 bilhões em compensações anuais, em média, seriam necessários para garantir o bem-estar das pessoas de nações pobres, que sofrem com condições climáticas extremas.
Com a falta de compromisso de grandes países como Estados Unidos, Canadá, Rússia, Arábia Saudita e Austrália em reduzir as emissões de carbono, a ONU buscava levantar a quantia necessária através de financiamento privado.
No entanto, a China e a Índia, ambas partes importantes do Acordo de Paris, se opuseram à proposta de financiamento privado. Como explica o jornal norte-americano The New York Times, a China e a Índia se opõem à ideia de que o dinheiro que a ONU busca levantar para redistribuir para nações pobres venha de fontes privadas, pois acredita que isso poderia dar ao setor privado poder exagerado sobre as nações pobres.
Acordo com a China
Após longas negociações e com a ajuda de outros países, a China finalmente cedeu. Em uma declaração conjunta, o país se comprometeu a empregar “recursos públicos” para garantir o bem-estar das pessoas em nações pobres.
A China, uma das maiores emissoras de carbono do mundo, é um importante parceiro comercial dos Estados Unidos, além de ser um grande país pobre. A China acredita que os países ricos devem cobrir os custos de compensação aos países pobres, pois são eles os principais responsáveis pelo aquecimento global.
Em 2014, a China e os Estados Unidos concordaram em reduzir suas emissões de carbono a fim de impedir que o aquecimento global ultrapassasse 2° C. Apesar de outros países ricos terem feito o mesmo compromisso, nenhum deles cumpriu a meta.
O acordo, no entanto, não deve ser considerado um triunfo completo. A China, como explica o jornal The New York Times, ainda não deu um número exato de quanto dinheiro estaria disposta a investir na compensação.
Entretanto, a China é o maior emissor de carbono do mundo, com uma estimativa de emissão de 9.4 bilhões de toneladas de carbono em 2018. Assim, a China poderia ter um papel crucial na mudança climática, caso realmente se comprometa a reduzir as emissões de carbono.
A China também é o país que mais reduziu as emissões de carbono desde 2016. Em 2018, a China reduziu suas emissões em 2.6% em relação a 2017.
*Com informações do The New York Times e do Climate Action Tracker.